Brasil, o país do futebol: dos assalariados ou dos milionários?
Por: Jaílson Trindade
14/06/2025

Quem nunca ouviu aquela velha frase, do mais jovem ao mais velho imortal brasileiro: o Brasil é o país do futebol! Pois bem, em cada canto do país respiramos futebol, pessoas de todas as idades e diferentes classes sociais, babas todos os dias nos quatro cantos do país, desde um campo de terra, um gramado artificial ou numa pista de asfalto mesmo.

Com essa paixão desenfreada, o futebol acaba sendo uma das melhores opções de entretenimento para a maioria dos brasileiros. Final de semana, bares lotados, estádios cheios, aparelhos de T.V, rádios, redes sociais - todos conectados!

As grandes estrelas se preparam, alojamentos modernos, alimentação, cuidados médicos - tudo de primeira. Ah, sem falar nas suas contas recheadas de milhares de dólares todo mês. Na outra ponta estão os operários da bola, com condições de trabalho precárias, gramados esburacados, míseros salários e, o pior, sem perspectiva nenhuma de que vão trabalhar o ano todo.

A discrepância no futebol brasileiro começa com os super-salários: 1º Memphis Depay (Corinthians) R$ 2,9 milhões por mês; 2º Gabigol (Cruzeiro) R$ 2,4 milhões; 3º Oscar (São Paulo) R$ 2,3 milhões; 4º Paulinho (Palmeiras), Hulk (Atlético-MG) e Everton Ribeiro (Bahia) R$ 2 milhões.

Já com os assalariados da bola, a realidade é bem diferente. Informações da Universidade do Futebol, com base em dados da CBF, indicam que mais da metade (55%) dos jogadores profissionais no Brasil recebiam, em 2021, aproximadamente um salário mínimo. Naquele ano, o valor do mínimo era de R$ 1,1 mil.